séc. 21
31 março 2008
  Falando de liberdade...
"A liberdade nunca é voluntariamente dada pelo opressor: ela deve ser exigida pelo oprimido." Martin Luther King
 
25 março 2008
  Indicativos confundem-se...
Exemplo:

Birzeit University - Contact Information

Mailing Address, Telephone and Fax:Birzeit UniversityPO Box 14, Birzeit West Bank,

PalestineTelephone: +970-2-298-2000, Fax: +970-2-281-0656 (from Arab countries)

Telephone: +972-2-298-2000, Fax: +972-2-281-0656 (from other countries)

 
24 março 2008
  Campo de refugiados palestinianos no Líbano (VÍDEO)
http://www.palestineremembered.com/GeoPoints/Refugee_Camps_5367/Article_2765.html
 
23 março 2008
  Fotos de Ramalá
http://www.palestineremembered.com/GeoPoints/Ramallah_527/Picture_0.html

e fotos de Al-Bireh (ou al-Bira/ el-Bira), onde se situam os Escritórios da Representação Portuguesa:
http://www.palestineremembered.com/GeoPoints/al_Bira_1005/Picture_16648.html
 
22 março 2008
  Ramalá (habituem-se ao neologismo...!)
Novidade: a Representação Portuguesa em Ramalá aguarda a minha chegada prevista para inícios de Abril [2008].

Espero, de agora em diante, fazer deste blog um diário dos 12 meses que se alongarão em terras onde ainda não estive fisicamente, mas apenas em pensamento. De Abril 2008 a Abril 2009, terei uma nova casa, farei novos colegas e amigos e, a partir deste ponto do Universo, darei notícias ao mundo. Aguardai as minhas notícias com entusiasmo e com vivida experiência de terreno. Lama? Venha ela, se tiver de vir sujar-me as botas!
 
02 março 2008
  "Bloqueio a Gaza é crime contra a Humanidade"
http://cppc.blogs.sapo.pt/15800.html
 
01 março 2008
  Museu Judeu em Malines (francês)/ Mechelen (neerlandês), na Bélgica
No domingo, dia 23 de Fevereiro, fui visitar o Museu Judeu, em Malines (em francês)/ Mechelen (em neerlandês), na Bélgica. Parti no IC das 12h30 da Gare Central (Bruxelas) para uma viagem de aproximadamente 30 minutos de ida, muitos mais de estada e outros 30 de volta…
O museu não estava tão bem situado quanto o panfleto me dava a entender. Estava, mesmo, um tanto camuflado, com uma nova fachada, uma placa e uma escultura à direita da dita entrada. Tirei aqui mesmo 2 fotos e reparei no seguinte pormenor:

“A partir deste quartel, 24 161 israelitas foram deportados para os campos [de concentração] da Alemanha 1942 - 1944”
“Israelitas” é uma palavra incorrecta neste contexto. O correcto seria “judeus”. A diferença entre estas duas palavras é altamente significativa.
Mas continuando…

Entrei no Museu! “Entrada gratuita” tal como vinha no panfleto. O funcionário apressou-se a compreender que eu não era flamenga e a dar-me todas as informações de que precisava para me orientar nesta visita sem guia profissional.
O Museu começa por dar ao visitante referências anteriores à 2ª Guerra Mundial, incidindo sobre a propaganda de extrema-direita, então cada vez mais audível na Bélgica. REX e Léon Degrelle foram ambos (e unidos) alvos de 1ª página.

Daí à subida de Hitler ao poder, da invasão da Bélgica pelos nazis e da rendição do exército belga à força armada de Hitler à instrumentalização de belgas na caça aos judeus foi uma questão de pouco tempo. Foi então que Malines (FR)/ Mechelen (NL), a meio caminho entre de Bruxelas e a Antuérpia, foi escolhida como o local para o regrupamento dos judeus, para os enviar para os campos de concentração (leia-se sofrimento e morte, para a maior parte deles; aliás, todas as crianças que partiram da Bélgica nunca regressaram) de Auschwitz.

Quer fosse “joor” (NL), quer fosse “juif”(FR), o “judeu” foi obrigado, nos anos 1940, a usar uma estrela laranja, sempre visível na vestimenta, com um “J.” no centro. Era obrigatória a identificação. Castigo/Punição colectiva. Discriminação. “Apartheid” étnico-cultural para todo aquele que tivesse pelo menos 3 avós judeus. Assim se faziam as contas. Assim se talharam muitos destinos, sob a força imperativa do sangue. Isto lembra muitas questões: sangue real: qual o seu real valor?; qual o valor do sangue, quer seja derramado por jovens, homens, mulheres, crianças, idosos…Danos irreparáveis foram feitos, tanto para os que não sobreviveram, como para tantos outros cuja humilhação habita nos seus corações.

Horror. Medo. Morte. Muitos perderam a família inteira. Muitos foram mortos antes da sua própria família. Muitos sofreram uma morte horrenda, fruto de humilhação, de testes macabros, de intoxicação, de experiências químicas ou, simplesmente, sobreviveram a tanta desgraça irreparável e a esta injustiça aplicada a judeus nunca vista.
Por mais que quisesse, eu não conseguiria colocar por palavras minhas as impressões/ sensações que experimentei em 2 horas de atenta aprendizagem. Mas, por mais livros que leia, por mais que me informe, a História não se escreve só pela vontade e mão livre do Homem. Ela escreve-se com o derramento do sangue daqueles que morrem antes do tempo, antes da sua hora.
Havia uma sala no museu que apresentava fotos de crianças, com menos de 13 anos de idade. Todas quantas foram deportadas de Malines (FR)/ Mechelen (NL) não sobreviveram. Não é trágico ouvir isto? Não é horrendo pensar que centenas de crianças foram chacinadas pelo simples facto de que eram descendentes de judeus? Mas que paranóia foi esta que se abateu sobre os judeus, que fez dos seus perseguidores sanguinários impiedosos e altamente racistas?

O judeu não era então considerado igual aos demais cidadãos do mundo. Não era considerado livre, humano sequer, relevante, digno de respeito. “Judeus” e “judias” foram tratados como coisas, identificáveis por códigos, como o gado. Pessoas de cultura judaica foram marcadas psíquico e fisicamente. Também rótulos foram aplicados a determinadas pessoas: uma jovem mulher foi “tatuada” de prostituta no peito. Atrocidades…

Atrocidades foram cometidas, por medos homofóbicos, racistas e raciais, anti-semitas, anti-humanos. Desenvolveu-se um ódio sem precedentes, um ódio que turvava os olhos dos nazis e dos seus colaboradores voluntários. Mas será que o ódio se tornou parte diária da vida destes homens, transformando a parte emotiva desses homens e assustando-a desalmadamante? E da parte dos judeus, continuarão eles a odiar os nazis ou terão compreendido que Hitler partiu para que houvesse espaço suficiente para que os homens, daí em diante, pudessem viver em pé de igualdade?...

Se assim foi, então porque é que continuam a ser construídos muros, a punir pessoas inocentes, tal como acontece actualmente, na Faixa de Gaza mais precisamente? E porque são os israelitas que o fazem, sem dó nem piedade, em nome da segurança interna israelita? Judeus, minhas senhoras e senhores. Serão judeus israelitas estes que não aprenderam nada com a história? Onde estão e quem são os neo-nazis, afinal: os próprios judeus que fizeram da Palestina a sua terra prometida e não semeiam senão a miséria para os muitos inocentes que aí faziam vida???
 

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