séc. 21
17 fevereiro 2008
  Kosovo independente desde…hoje!!!

Neste mesmo dia, 17 de Fevereiro de 2008, o Parlamento kosovar proclamou com larga maioria a independência (da República) do Kosovo da Sérvia. Dezenas de milhares de pessoas rejubilaram com a notícia.Bandeiras albanesas, norte-americanas, britânicas, alemãs e OTANianas encheram as ruas de cor e de agradecimento por parte deste povo multi-étnico, liberto das forças sérvias desde 1999.

No entanto, as autoridades de Belgrado opõem-se a esta auto-proclamação de independência e violentas manifestações já tiveram lugar, ainda hoje.
Relativamente à comunidade internacional (mais concretamente EUA e UE), ela apoia estes esforços de autonomização, se bem que se mostra temerosa em relação à reacção (in)esperadamente repressiva da Sérvia.


Eu gostaria de saber onde está toda essa energia em apoiar a causa palestiniana e enfrentar Israel Todo-poderoso, obrigando-o a cumprir o que as Nações Unidas definiram, há muito muito tempo, e que continua contudo sem aplicação prática. Já é tempo de lhe impor limites: que as resoluções do Conselho de Segurança da ONU sejam aplicadas à realidade.

 
16 fevereiro 2008
  O REAL valor do dinheiro
O dinheiro compra ilusões.
O dinheiro compra perdões.
O dinheiro corrompe corações.
O dinheiro engana a razão.
O dinheiro elimina bons argumentos.
O dinheiro ergue muros.
O dinheiro suja e limpa mãos e compra ainda “dignidade”.
O dinheiro impõe respeito.
O dinheiro põe vilões na cadeia.
O dinheiro liberta criminosos.
O dinheiro paga o que não tem preço e mais ainda.
O dinheiro cria e multiplica injustiças.
O dinheiro monopoliza liberdades.
O dinheiro compra balas.
O dinheiro investe em armamento…
O dinheiro paga caixões.
e só não cava mais fundo porque não pode. Ou será que tudo é permitido a quem tem dinheiro?

Será que tudo isto tem mesmo de ser assim?


Há uma alternativa: “o dinheiro não é tudo”.
 
11 fevereiro 2008
  Loucura?!
Uns dirão que sim, outros dirão que é o seu quotidiano. Pois bem, eu asseguro-vos que a mim me parece loucura que tal possa ser considerado como normal. Para que saibam do que estou a falar, aqui vai a história:

Hoje fui a uma reunião, em trabalho. Tratava-se da plataforma anti-guerra, na qual estavam reunidas várias organizações e movimentos, com a intenção, em particular neste caso, de coordenar forças para a manifestação aquando do 5º aniversário da guerra no Iraque, que terá lugar em pouco mais de um mês.
O que acontece é que, como terão muito possivelmente conhecimento, as duas línguas faladas em Bruxelas são o neerlandês e o francês. Mas será que alguma vez imaginaram que elas se falassem uma em resposta à outra, numa situação em que cada participante fala a sua língua e os outros, compreendendo os primeiros, respondam na sua própria?

Uma vez que não falo neerlandês, esta situação justa para belgas, ultrapassou-me. E foi nas “pegadas soltas” de francês que lá fui tentando encontrar sentido para esta conversa belga, cujos cidadãos se entendem, mesmo não falando a mesma língua.
Eu pergunto-me: em quantas partes estará dividido o cérebro de um bruxelense…?
 
10 fevereiro 2008
  Delegação Geral da Palestina a Bruxelas
Por outro lado…

Na sequência deste roteiro das embaixadas, fui em busca da Delegação Geral da Palestina em Bruxelas. E eis o que encontrei:
Acreditem, não tem nada a ver com a embaixada israelita de que vos falo na notícia passada!!!
 
  Lamento pela falta de imagem, mas isso tem uma explicação...
Situação – no mínimo – escandalosa!!!!!!!!!!!

Pois bem. O que parecia ser inofensivo, era proibido. Refiro-me a tirar fotografias à embaixada israelita em Bruxelas. Garanto-vos, desde já, que situações como esta existem por todo o mundo…

Então, no passado dia 9 de Fevereiro de 2008, preparei a minha objectiva com o intuito de captar este edifício bem apetrechado de segurança para a posterioridade. O que acontece é que, após duas fotos inofensivas a esse edifício branco com janelas gradeadas, altos portões, arame farpado em determinadas zonas, um parque de estacionamento (que imagino enorme) subterrâneo e câmaras de vigolância no exterior, fui abordada pela polícia: “Queira apagar as duas fotos que tirou, pois é proibido fotografar a embaixada israelita”. Qual não foi a minha surpresa ao ouvir isto!!!
Assim o fiz e depois disto ainda me pediu o meu BI e o da minha minha amiga Dette, que estava comigo e que, tal como eu, sobreviveu a este episódio caricato.

Para além destes dois polícias federais belgas, veio um outro indivíduo ter connosco. Ele vinha directamente do interior da embaixada e trazia uma mochila às costas. Pergunto-me se nessa mochila, não traria uma pistola carregada e pronta para o caso de sermos problemáticas ou de trazermos uma barba escondida algures… A verdade é que também revistaram os nossos sacos (mochila e carteira) e colocaram-nos as perguntas de praxe: porque é que quiseram tirar fotos da embaixada e qual o uso que iriam dar a essas fotos? Para além disso, perguntaram-nos o motivo da nossa estada em Bruxelas, já que éramos Portuguesas.

Toda esta novela durou uns bons 15 minutos. Deu para apreciar com atenção que a carrinha da polícia se encontrava estacionada mesmo à entrada da rua de acesso da embaixada, impedindo tanto a passagem aos habitantes dessa rua como a todos quantos viessem da rua que lhe é transversal, que é a Avenue de l’Observatoire, 1180 Bruxelas.

Aquando do nosso pequeno contratempo, houve mesmo um carro que teve de esperar uns bons minutos para que a polícia desimpedisse a passagem, já que a rua está a bloqueada com separadores.

Deparei-me com um cenário impressionante: uma segurança assustadora, esmagadora, repulsiva até. Um dos polícias (simpáticos) que lidaram connosco comentou que este tipo de “paranóia” acontece de igual forma em relação à embaixada americana.

Mas afinal o que é que leva tanto israelitas e americanos a temer pela sua segurança? Será que afinal eles não são, DE TODO, os “bons da fita”? Pois se o fossem, como é que se justificava que eles se sentissem em perigo e, daí, toda esta “mania” de fazerem de tudo pela sua segurança?
Tantos muros, tantas armas, tanto cuidado e astúcia… A paz não se faz com vedações de três metros de altura nem com uma política de retaliação massiva. Pensem nisso!
 
04 fevereiro 2008
  Revolução
Revolta-me a existência passiva de pessoas que conhecem o horror, com o qual privaram de bem perto, e que nada fazem para o destronar de seus horrendos poleiros.
Revoltam-me as pessoas que perpetuam atrocidades, como se fosse o pão de cada dia, como se tivesse que ser, como se fossem servidas e agradecidas com todas as graças deste mundo e do próximo.
Revoltam-me as pessoas que, não sendo por escassez de meios, lhes falta a coragem na altura de dizer duas palavras bem ditas, em nome do bem e da justiça, e em nome de muitos quantos nem imaginam que esta exista.
Revolto-me. Mas não ficarei sentada ou em pé a assistir a este não-espectáculo. É preciso que a injustiça acabe. E que a assertividade tenha direito ao seu devido lugar. Lutarei contra a revolta pela revolta. Lutarei, sim, por um revolta justificada.
 

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