Lamento pela falta de imagem, mas isso tem uma explicação...
Situação – no mínimo – escandalosa!!!!!!!!!!!
Pois bem. O que parecia ser inofensivo, era proibido. Refiro-me a tirar fotografias à
embaixada israelita em Bruxelas. Garanto-vos, desde já, que situações como esta existem por todo o mundo…
Então, no passado dia 9 de Fevereiro de 2008, preparei a minha objectiva com o intuito de captar este edifício bem apetrechado de segurança para a posterioridade. O que acontece é que, após duas fotos inofensivas a esse edifício branco com janelas gradeadas, altos portões, arame farpado em determinadas zonas, um parque de estacionamento (que imagino enorme) subterrâneo e câmaras de vigolância no exterior, fui abordada pela polícia: “Queira apagar as duas fotos que tirou, pois é proibido fotografar a embaixada israelita”. Qual não foi a minha surpresa ao ouvir isto!!!
Assim o fiz e depois disto ainda me pediu o meu BI e o da minha minha amiga Dette, que estava comigo e que, tal como eu, sobreviveu a este episódio caricato.
Para além destes dois polícias federais belgas, veio um outro indivíduo ter connosco. Ele vinha directamente do interior da embaixada e trazia uma mochila às costas. Pergunto-me se nessa mochila, não traria uma pistola carregada e pronta para o caso de sermos problemáticas ou de trazermos uma barba escondida algures… A verdade é que também revistaram os nossos sacos (mochila e carteira) e colocaram-nos as perguntas de praxe: porque é que quiseram tirar fotos da embaixada e qual o uso que iriam dar a essas fotos? Para além disso, perguntaram-nos o motivo da nossa estada em Bruxelas, já que éramos Portuguesas.
Toda esta novela durou uns bons 15 minutos. Deu para apreciar com atenção que a carrinha da polícia se encontrava estacionada mesmo à entrada da rua de acesso da embaixada, impedindo tanto a passagem aos habitantes dessa rua como a todos quantos viessem da rua que lhe é transversal, que é a Avenue de l’Observatoire, 1180 Bruxelas.
Aquando do nosso pequeno contratempo, houve mesmo um carro que teve de esperar uns bons minutos para que a polícia desimpedisse a passagem, já que a rua está a bloqueada com separadores.
Deparei-me com um cenário impressionante: uma segurança assustadora, esmagadora, repulsiva até. Um dos polícias (simpáticos) que lidaram connosco comentou que este tipo de “paranóia” acontece de igual forma em relação à embaixada americana.
Mas afinal o que é que leva tanto israelitas e americanos a temer pela sua segurança? Será que afinal eles não são, DE TODO, os “bons da fita”? Pois se o fossem, como é que se justificava que eles se sentissem em perigo e, daí, toda esta “mania” de fazerem de tudo pela sua segurança?
Tantos muros, tantas armas, tanto cuidado e astúcia… A paz não se faz com vedações de três metros de altura nem com uma política de retaliação massiva. Pensem nisso!