séc. 21
09 janeiro 2009
  Neo-nazismo!
“Israel nunca aceitou que uma influência exterior decidisse sobre o seu direito de defender os seus cidadãos. O Exército vai continuar a operar para defender os cidadãos de Israel” - declaração do Primeiro Ministro israelita, segundo o Público.

Mas pergunto-vos: era preciso ser Olmert a dizê-lo? O Mundo todo ainda não o sabia?
Israel é arrogante, provocador, sanguinário. Tudo quanto os judeus sofreram durante as perseguições vividas na Europa durante 2000 anos parece agora canalizado para esta vocação de odiar e se fazer odiar.


Não chegava terem auto-proclamado o seu estado independente, sem o consentimento dos palestinianos que ocupavam o território há séculos. Não só invadiram como ocuparam o território de outrem, como se permitem fechar os palestinianos no grande campo de concentração que é a Faixa de Gaza. Os israelitas controlam o que entra em Gaza, controlam o que sai de Gaza, dia-a-dia. Se pudessem controlar o oxigénio, também o fariam, não tenho a menor dúvida.

Não vejo termo mais bem adequado para este comportamento do que neo-nazismo!
 
08 janeiro 2009
  A declaração do Grupo Socialista sobre Gaza
Aproveito para apresentar a tradução portuguesa, da minha autoria, do documento que se me fez chegar.
Sem mais demoras, segue abaixo a declaração do Grupo Socialista do Parlamento Europeu relativamente à invasão de Gaza:


8 de Janeiro de 2009

O Grupo

1. Expressa a sua mais profunda indignação com a violência na Faixa de Gaza, as consequências do uso desproporcionado da força por parte do exército israelita e da escalada militar que está a causar muitas centenas de vítimas, sendo a maioria deles civis, incluindo muitas crianças. Lamenta profundamente que civis e instituições da ONU tenham sido atingidos. Exorta Israel a cumprir as suas obrigações sob o direito internacional e o direito internacional humanitário e a permitir que a imprensa internacional possa acompanhar de perto os acontecimentos no terreno. Exorta o Hamas a pôr fim aos ataques com foguetes e a assumir as suas próprias responsabilidades, comprometendo-se num processo político que vise o restabelecimento do diálogo inter-palestiniano e a contribuir para o processo de negociação em curso.

2. Faz apelo a um cessar-fogo imediato e incondicional. O cessar-fogo, que deve incluir a retirada do território ocupado de novo nos últimos dias, e tréguas negociadas, deve ser garantido por um mecanismo a ser criado pela comunidade internacional. Isso possibilitará a expedição ao longo das fronteiras da Faixa de Gaza de uma força multinacional, contando com a inclusão de países árabes e muçulmanos. Exorta a UE a aprovar qualquer acordo alcançado pelo Conselho de Segurança da ONU.

3. Apela veementemente às autoridades israelitas para que permitam que comida, assistência médica urgente e combustível sejam entregues na Faixa de Gaza, através da abertura da passagem e o levantamento do bloqueio. O anúncio da abertura de um corredor humanitário em Rafah é um primeiro passo que deve ser urgentemente implementado. Solicita às instituições da UE e outros doadores internacionais, em cooperação com as Nações Unidas e as ONG, o fornecimento de auxílio, tendo em conta as crescentes necessidades e pede a Israel para que não prejudique este esforço humanitário indispensável. Esta ajuda poderá contribuir para o restabelecimento gradual da recuperação económica básica na Faixa e para o restabelecimento de dignas condições de vida aos palestinianos, em especial para os jovens.

4. Considera que a imediata retomada do Acordo de Circulação e Acesso e os Princípios Acordados para a passagem fronteiriça de Rafah, concluído em Setembro de 2005 pelo Egipto, Israel e a Autoridade Palestiniana, após a retirada unilateral de Israel da Faixa de Gaza ser garantida sem qualquer restricção. A UE poderia fazer uma contribuição essencial visando este objectivo, ao retomar a sua missão de vigilância em Rafah.

5. Reafirma que não há solução militar para o conflito israelo-palestiniano e considera que é tempo para um acordo de paz duradoura e abrangente com base nas negociações que foram realizadas até agora pelas duas partes. Uma Conferência Internacional, promovida pelo Quarteto e contando com a participação de todos os actores regionais, com base no acordo anteriormente firmado entre israelitas e palestinianos, e a iniciativa da Liga Árabe, poderia ajudar a alcançar este objectivo. Considera que esforços renovados no sentido da reconciliação inter-palestiniana são um passo essencial.


6. Salienta uma vez mais que qualquer melhoramento das relações políticas entre a UE e Israel deve ser fortemente condicionado pelo respeito ao direito humanitário internacional, a um verdadeiro compromisso com vista a uma solução global de paz, ao fim da crise humanitária em Gaza e dos Territórios Palestinianos Ocupados, e pelo respeito à plena aplicação do Acordo Provisório de Associação UE-OLP. Enquanto a situação continuar crítica, o Grupo Socialista irá manter a sua posição negativa no PE relativamente à votação de parecer favorável de uma maior participação do Estado de Israel em programas comunitários.


7. Está preocupado com as graves consequências do ressurgimento do conflito sobre a vida quotidiana dos cidadãos da região e sobre as esperanças de uma paz duradoura em todo o Médio Oriente. Sublinha o risco de prejudicar a compreensão comum e o diálogo entre todas as comunidades na Europa.


8. Apela com urgência a um papel político mais forte e unido da União Europeia, como foi aquando da crise do Líbano de 2006 e na recente crise entre a Geórgia e a Rússia. Na sua acção, a UE deve aproveitar a oportunidade para cooperar com a nova administração norte-americana, com vista a pôr fim ao conflito com um acordo baseado na solução a dois Estados, dando aos israelitas e aos palestinianos a possibilidade de viver lado-a-lado em paz e em segurança. Este será um grande contributo para alcançar o objectivo de uma nova estrutura pacífica de segurança regional no Médio Oriente.


9. Convida os seus membros de forma activa para promover uma campanha política dirigida à opinião pública europeia, em cooperação com os partidos socialistas europeus e outros movimentos progressistas e as ONG, com base num forte apelo para a paz no Médio Oriente.
 
  Eu até gostava de colocar uma foto, mas a embaixada israelita em Portugal não deixa...!
Eis o comentário que o Comité de Solidariedade com a Palestina enviou para o Público:

"Diz um dos artigos do Público de hoje que o "body count" da ofensiva israelita já vai em cerca de 700, muitos deles civis, muitos crianças. Segundo a vossa colaboradora Helena Matos (pg. 33), deve ser mentira, porque é sempre mentira, porque os israelitas nunca fazem coisas dessas. Nunca fazem, diz ela. Mas logo acrescenta: e quando fazem, é porque o Hamas se mistura "cobardemente" com a população civil. Note-se bem: nuca fazem, mas quando fazem... Ora a "cobardia" do exército português, pelos vistos, mete num chinelo a do Hamas, porque tem quareis em Sapadores, no Carmo, no Lumiar, no Restelo - sendo que, ao contrário do Hamas, teria muito mais para onde ir. Quem parece que não tem mais para onde ir, e se instala num bairro residencial, utilizando todos os vizinhos da sua rua e do seu prédio como "escudos humanos" é a embaixada israelita, que ainda por cima instala à porta um check point armado até aos dentes, como se Lisboa fosse a Cisjordânia. Protestar, hoje à tarde, às 18h, à porta dessa embaixada na rua António Enes, ao Saldanha, não é só protestar contra o massacre de Gaza, mas também contra a arrogância do nazi-sionismo no coração de Lisboa. "

Impressionante!...
 
07 janeiro 2009
  Liberte os SHMINISTIM!
 
  3 horas...
Um cessar-fogo de 3 horas é muito pouco, mesmo muito pouco. Não dará para muito, mas pelo menos dará para alguma coisa. Assim o espero. Assim o esperam muitos palestinianos, que vivem mergulhados numa crise humanitária devastadora: sem água, sem luz, sem cuidados médicos adequados e suficientes.

Para quando será o verdadeiro cessar-fogo, que porá termo a esta invasão israelita de Gaza?
 
05 janeiro 2009
  ONU - está na hora da mudança!
São os 5 seguintes os países representados no Conselho de Segurança das Nações Unidas (da esquerda para a direita: Reino Unido, Federação Russa, EUA, França e República Popular da China),



...de entre todos os países das Nações Unidas:





Ao passo que o Secretário-geral Ban Ki-moon afirmou que as Nações Unidas têm um papel importante a desempenhar no que à cessação da violência em Gaza diz respeito, o Conselho de Segurança pura e simplesmente não chegou a acordo quanto à forma como o conflito deve terminar.

Porquê?

Porque os EUA vetaram a proposta feita.




........................ON YOU!


E é vergonhoso também a forma como a Organização das Nações Unidas funciona, no século XXI. Nada mudou desde 1945, data da criação. Nada!
Creio que está mais do que na hora da reforma da ONU. Está mais do que na hora de criar um sistema mais justo e que vise mais a paz do que o actual. Os EUA são uma ameaça feroz. Israel, igualmente. O mundo deve banir o potencial ameaçador dentro destes dois. Há que se manter unido para lutar contra espíritos imperialistas e bélicos encerrados nos EUA e em Israel.

Fora com as ameaças!!!
Não comprem produtos norte-americanos e israelitas - rejeitem-nos, boicotem-nos!
Passem palavra.
 
  E, em 2009, que território ocupará a Palestina???

De olhos bem abertos, devemos estar.
Pelo nosso bem, devemos manter-nos atentos ao que se passa em nosso redor,
e no resto do mundo.

O mundo é constituído pelas pessoas que nele habitam.
Somos responsáveis, enquanto seres humanos, pelo nosso bem-estar. E também mal-estar.
E devemos quer o nosso bem-estar, quer o nosso mal-estar à nossa relação com os outros e ao nosso saber-estar no mundo em que vivemos.
Para a paz e para a guerra, todos temos a nossa quota parte de responsabilidade.
Se nada fizermos, somos cúmplices.
É um dever e um direito este viver em comunidade, que exige a presença e a acção de todos os seus membros.

Eu luto para que se faça algo. Luto por uma vida melhor, tanto para mim, como para os que me rodeiam. E ainda por aqueles que, lá longe, vivem uma tremenda injustiça.
Para que todos tenhamos uma vida mais justa, mais digna de viver,
incito-vos a lutar também.

Que esta luta seja perseverante, esclarecida, justa, pacífica e digna.
Lutemos todos.
Que a luta contra o mal (especialmente que há em nós) continue!
 
  Invasão do território palestiniano - nas barbas do mundo!!!


É triste constatar que encerrámos o ano 2008 com mais mortes palestinianas no Médio Oriente. Ainda mais difícil é assistir à inércia das "potências mundiais" em travar a sedenta demanda israelita, que já tanques coloca nas fronteiras da Faixa de Gaza, sendo que esta não só se depara com uma crise humanitária (simplesmente, a pior de sempre!) como com ataques aéreos que matam desenfreadamente civis.


A comunidade internacional não compreende que o Hamas (um acrónimo do Movimento da Resistência Islâmica) existe para resistir ao colonizador. Como é que a comunidade internacional poderá ser assim tão cega? Se atendessem, por escassos segundos que fossem, à definição de colonização, perceberiam a injustiça que cometem em não parar a ameaça que Israel representa.Sendo colonização o "acto ou efeito de colonizar" e, esta, "a de estabelecer colónia em", eis aqui a definição de colónia: "Povoação de colonos; grupo de imigrantes estabelecidos em terra estranha; região sob o domínio de uma nação".








Israel é o último colonizador da História. À sua semelhança, a Indonésia tentou apoderar-se de Timor pela força, mas não logrou, graças à intervenção internacional e aos fracos apoios à sua causa. Já Israel, o filho bastardo dos EUA e enteado desobediente da ONU (é toda uma lista de resoluções que Israel pura e simplesmente não respeita nem cumpre), está bem equipado, de moral alta e bem mantida à custa da culpa do Ocidente relativa ao holocausto e das muitas "caças aos judeus" anteriores, um pouco por toda a parte (Portugal incluído).



E o que pensam os nossos políticos disto?O nosso presidente fez uma intervenção por ocasião do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, na Sinagoga de Lisboa, a 27 de Janeiro de 2008 (http://www.presidencia.pt/?idc=22&idi=12702). Pergunto-me: Onde está a sua intervenção a condenar a acção violenta levada a cabo por Israel há já uma semana?


Enquanto estudiosa do conflito israelo-palestiniano, é fundamental - no meu ponto de vista - atender ao seguinte facto histórico: o estado de Israel comemorou a 14 de Maio, 60 anos de existência. Este estado foi auto-proclamado por Ben Gurion e rapidamente legitimado pelos EUA, União Soviética e Grã-Bretanha. Mas em que território?...Apoiando-se no plano de partilha da terra palestiniana elaborado pela ONU em 1947, Israel nasce assim da sua auto-proclamação, contra o consentimento dos palestinianos e dos países árabes em redor, relativo ao mesmo plano. Os próprios palestinianos sonhavam com o seu próprio estado enquanto passavam das mãos dos Otomanos para as do mandato britânico, subjugados à mercê da sentenciadora Sociedade das Nações.


Chegada a Segunda Guerra Mundial e a repulsa dos judeus (nazi, mas também dos países largamente procurados como refúgio de emigrantes), o movimento sionista, nascido no final do séc. XIX, viu a sua "profecia" concretizar-se: os filhos de Israel haveriam de voltar ao "Eretz Israel", a terra que a Bíblia (com a força que tem) consagra como destinada aos filhos de Abraão, a tão famosa terra prometida. Mas que Terra Prometida é esta que não seja a roubada pela força aos povos que lá viviam? Em pleno séc. XX??? O que se chama a esta colonização senão isso mesmo? E nas barbas do mundo... Perguntei-me muitas vezes como é isto possível e a resposta não é, de todo, lógica.
.....................................................................................................???.......................

 

ARCHIVES
setembro 2006 / outubro 2006 / novembro 2006 / dezembro 2006 / janeiro 2007 / fevereiro 2007 / março 2007 / abril 2007 / maio 2007 / junho 2007 / julho 2007 / agosto 2007 / setembro 2007 / outubro 2007 / dezembro 2007 / janeiro 2008 / fevereiro 2008 / março 2008 / abril 2008 / maio 2008 / junho 2008 / setembro 2008 / dezembro 2008 / janeiro 2009 / fevereiro 2009 / março 2009 / abril 2009 / maio 2009 / julho 2009 / agosto 2009 / março 2010 / junho 2010 / maio 2012 /


Powered by Blogger