Loucura?!
Uns dirão que sim, outros dirão que é o seu quotidiano. Pois bem, eu asseguro-vos que a mim me parece loucura que tal possa ser considerado como normal. Para que saibam do que estou a falar, aqui vai a história:
Hoje fui a uma reunião, em trabalho. Tratava-se da plataforma anti-guerra, na qual estavam reunidas várias organizações e movimentos, com a intenção, em particular neste caso, de coordenar forças para a manifestação aquando do 5º aniversário da guerra no Iraque, que terá lugar em pouco mais de um mês.
O que acontece é que, como terão muito possivelmente conhecimento, as duas línguas faladas em Bruxelas são o neerlandês e o francês. Mas será que alguma vez imaginaram que elas se falassem uma em resposta à outra, numa situação em que cada participante fala a sua língua e os outros, compreendendo os primeiros, respondam na sua própria?
Uma vez que não falo neerlandês, esta situação justa para belgas, ultrapassou-me. E foi nas “pegadas soltas” de francês que lá fui tentando encontrar sentido para esta conversa belga, cujos cidadãos se entendem, mesmo não falando a mesma língua.
Eu pergunto-me: em quantas partes estará dividido o cérebro de um bruxelense…?